Transcrevo na íntegra e solicito que todos que abraçam esta causa repassem para todos os meios de comunicação para que possamos enterrar de vez essa vergonha chamada reeleição que possibilita aos políticos profissionais permaneceram eternamente no poder, enriquecendo às custas do dinheiro público sem nada dar em troca para o povo tão sofrido.
Veja o artigo na íntegra:
Jurista propõe movimento para acabar com a
reeleição de políticos
Publicado por Luiz Flávio Gomes
RIO - E se nenhum político pudesse se reeleger no Brasil? A ideia já tem
aprovação de pelo menos 5,5 mil pessoas na página no Facebook do movimento “Fim
do Político Profissional”. Para Luiz Flávio Gomes, professor, jurista,
ex-promotor e idealizador dessa ideia, a possibilidade de se reeleger é um
caminho para corrupção e só a pressão da sociedade pode tornar a ideia em uma
lei de iniciativa popular, assim como aconteceu com a Lei da Ficha Limpa, em
2010.
[página oficial do movimento: www.fimdopoliticoprofissional.com.br ]
O que é o
movimento "Fim do Político Profissional"?
É um
movimento, antes de tudo, de indignação. O que pretendemos é limitar as
reeleições dos políticos e que, desta forma, eles não fiquem se reelegendo
eternamente, como é o caso do José Sarney. A reeleição cria a necessidade da
corrupção porque reeleger-se custa muito caro. A iniciativa também é contra a
perpetuação da corrupção por meio das famílias dos políticos. Afinal, ainda que
um político não se reeleja, ele pode perpetuar os esquemas de corrupção por
meio dos familiares.
De que
maneira estas ideias podem virar realidade?
Por meio
de uma iniciativa popular, como o foi o caso da Ficha Limpa. Agora, precisamos
somar energias e, por isso estamos buscando movimentos com iniciativas
parecidas, que querem limitar os mandatos políticos e exigir que os políticos
continuem exercendo suas profissões originais. Um político não pode deixar a
profissão em que atua. Se ele é médico, deve continuar atuando como médico, se
é advogado, deve continuar atuando como advogado e etc, porque ele não pode se
perpetuar como político, é uma ocupação cívica passageira.
Mantendo
a profissão, o político não estaria se dedicando menos ao serviço público?
Hoje em
dia, não é preciso estar lá em Brasília sempre. Você pode trabalhar e opinar
por internet, a tramitação dos projetos é toda digital. Manter a profissão é
importante porque o político não pode perder a conexão com a vida das pessoas e
deve lembrar que a política é sempre passageira, só quem permanece são os
funcionários burocratas do Estado. O político deve atuar dando uma contribuição
temporária, é um serviço público e querermos cortar as mordomias, privilégios.
De que maneira a Lei da Ficha Limpa serviu
de inspiração para esta iniciativa?
A Lei da Ficha Limpa foi
um exemplo fantástico de democracia direta no Brasil. Demorou cerca de três a
quatro anos, foi difícil, mas conseguiram tornar a ideia em uma realidade. Todo
mundo dizia que seria impossível, mas no final os políticos acabaram aprovando
a lei por pressão da sociedade. Se não nos envolvermos, o Brasil não muda.
Quais são
os próximos passos?
Vamos
delinear o projeto nos próximos 60 dias com as entidades com quem já estamos
nos comunicando. Depois, vamos precisar criar uma massa de apoio muito forte,
porque são necessárias um milhão de assinaturas para criar uma lei de
iniciativa popular como esta. Além disto, toda reforma política tem que ser
aprovada um ano antes das eleições, então temos até outubro de 2015 para lutar,
se quisermos ver esta lei valer nas eleições de 2016.
Fonte:
Jornal o Globo
POR RAFAELA
MARINHO
Professor
Jurista e
professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto
Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a
1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11
991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]