quarta-feira, 23 de abril de 2014

O PREÇO DA COPA X O DESCASO COM A POPULAÇÃO

Recentemente foram divulgados na imprensa televisada, na imprensa escrita e na imprensa falada, casos de falta de atendimento médico, muitos deles ocorridos dentro ou na porta dos hospitais ditos públicos.
Os dois mais recentes, e que a mídia bateu firme, ocorreram esta semana.
No primeiro deles, denunciado por um cinegrafista amador, uma mulher deu à luz uma criança em frente a um hospital público de Feira de Santana, na Bahia. Lá, a Maternidade estava com as portas trancadas.
No segundo caso, uma mulher também deu à luz uma criança, no meio da rua, em frente a um hospital público, por falta de atendimento naquele nosocômio. Procurados por populares que tentavam socorrer a mãe parturiente e o filho nascituro, funcionários daquele hospital se recusaram em prestar o atendimento necessário aos pacientes.
Neste caso, pronunciou-se o senhor Governador do Rio, alegando que "vai ser aberta uma investigação prá saber se houve omissão de socorro". Ora, será que esse Governador é cego ou finge que é? Não se questiona aqui se houve ou não omissão, mas sim, de quem foi a responsabilidade pela omissão.
Claro que é do conhecimento público que a omissão na prestação do correto serviço de saúde pública no país é dos governantes, iniciando pelo Governo Federal, passando pelos governos Estaduais até chegar aos governos Municipais.
Pior que tudo isso, é ver que não há dinheiro bastante para atendimento à saúde, conforme declaram constantemente os senhores governantes.
No entanto, para a copa do mundo, foram previstos investimentos de aproximadamente 25,5 bilhões (EU DISSE VINTE E CINCO BILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES) de reais em infraestrutura de estádios de futebol, aeroportos estratégicos, dentre outros escusos. Todavia, os investimentos públicos passarão dos TRINTA BILHÕES de reais, conforme previsão mais recente dos órgãos governamentais.
Por seu turno, a FIFA deixa de pagar impostos ao Governo Brasileiro, pois esta foi uma das imposições para que a copa pudesse ocorrer no Brasil.
Somente esse dinheiro daria para construir pelo menos cinco hospitais de médio a grande porte, totalmente equipado.
E, assim, como um mero marionete, o brasileiro vai vivendo de pulos aqui e ali, sofrendo com a falta de atendimento médico adequado, educação precária, transporte coletivo decadente e caro, falta de habitação digna para grande parte da população, dentre outras mazelas impostas pelo poder público.
É o jeito brasileiro de (des)governar.
Pior que tudo isso é a criação de uma lei, intitulada lei geral da copa, onde se viu de tudo, menos interesses da população.
Pior ainda é saber que a grande maioria das leis ficam engavetadas no Congresso indefinidamente sem qualquer intervenção dos políticos. E para votar a Lei Geral da Copa tudo ocorreu com a máxima velocidade imposta pelos senhores chefes da FIFA, que assim determinaram sob pena de não ver a copa ser realizada no Brasil.
(veja o link : www.brasil.gov.br/@@search?...Lei%20Geral%20da%20Copa)

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